Minha Experiência como Presidente de ONG
- 2 de mar. de 2020
- 2 min de leitura

Minha missão animal
Ser Presidente de ONG de proteção animal: a coisa mais insana e gratificante que eu já me meti na vida.
Sou a Kétlin, sou Relações Públicas, Especialista em Estratégias de Comunicação, CEO da Abarca, Consultora, Apresentadora, Ativista da Causa Animal e Fundadora do Instituto Arca.
Quem vive as loucuras diárias da proteção animal sabe bem do que estou falando quando digo que é insano. Dessa mistura de esgotamento e vontade de fazer ainda mais que nos acompanha todos os dias. Por mais que tu faça, nunca parece ser o suficiente (e não é mesmo) e mesmo que tu ajude a muitos e tente entender e te convencer de que não vai poder, NÃO VAI CONSEGUIR ajudar a todos, sempre fica aquela sensação de desespero de achar que poderia ter feito mais.
Atualmente mantemos quase 40 cães em nossa casa de passagem, gastamos meia tonelada de ração por mês, sem nenhum recurso garantido, com uma busca constante pelo sustento deles através de doações, com trabalho 100% voluntário e temendo que esse período de passagem até que encontremos uma boa família não seja tão rápido quanto a gente gostaria, pois a cada um que fica é um a menos que podemos receber.
É difícil achar o equilíbrio e é mais difícil ainda fazer compreender aos demais, que embora amemos os animais é humanamente impossível atender a todos. Que temos casa, família, emprego, filhos e que nem sempre estaremos disponíveis ou teremos recursos de tempo, dinheiro, espaço e até mesmo fôlego...
Os problemas são reais, são enormes e a nossa luta é tentar minimizar eles e trabalhar para o futuro, para que as futuras gerações tenham outra compreensão sobre o que é respeito à vida.
É um trabalho cansativo, interminável e ao mesmo tempo imensamente recompensador. A alegria de ser agradecida, sem palavras, às vezes só com um abano de rabo de uma vidinha restaurada que aprendeu que estamos ali por eles, em favor deles e não para escraviza-los ou maltrata-los é a maior recompensa, é a única força propulsora que nos faz continuar em momentos de esgotamento.
Não é fácil. Estou à frente de projetos sociais a quase 15 anos e confesso que a causa não-humana foi o trabalho mais difícil que já tive, mais não valorizado e apoiado. Porém, entendi claramente nesse período de causa animal que quando um projeto é criado não para nosso benefício, não por nosso ego, para aparecermos na foto, para nos sentirmos melhores conosco, não para preencher nenhum vazio, não por nenhuma ambição que não seja o BEM dos animais, toda retaliação é tirada de letra, sempre terá mais gente para ajudar do que para o contrário.
A nós que seguimos nessa causa tão nobre, fica a missão de continuar, continuar acreditando, continuar lutando e buscando soluções reais e uma perspectiva de futuro diferente.
Fica aqui nesse registro minha gratidão a todos os envolvidos nessa aventura fantástica, que sem esperar nada em troca se juntam a nós e permanecem, no mesmo propósito e com o mesmo objetivo.
Estamos juntos nessa Arca.🐾🙏💕
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